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Arthur C. Clarke

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Prada cede A pressão...

Mulheres em vez de "Zumbis" adolescentes.

“Quando enviei minha carta aos principais players da indústria da moda [em janeiro deste ano], era exatamente isso que eu esperava: uma transformação imediata”, comenta Paulo Borges sobre o desfile de Inverno 2010 da Prada que, pela primeira vez em muitos anos, usou modelos com um visual menos esquálido e muito mais saudável em seu casting.

+ Clique aqui para ver a coleção completa da Prada Inverno 2010.

collage-prada-inverno-2010As tops Alessandra Ambrósio, Doutzen Kroes e Lara Stone: medidas mais reais e aparência saudável em foco na passarela da Prada © First View

Sarah Mower, crítica de moda do site Style.com, reforça a importância do desfile e o considera um marco: “Foi muito bom ver roupas de passarela sendo usadas por mulheres de verdade, com curvas. A Prada influencia muitos na indústria a seguirem os seus padrões. Tenho certeza que as consumidoras vão amar essa mudança”.

Miuccia Prada, uma das estilistas mais influentes da atualidade, é também uma das responsáveis por disseminar a estética não-saudável através de seus desfiles que, nos últimos anos, empregaram o que Sarah Mower chama de “um exército de zumbis adolescentes”. A busca por modelos de aparência fragilizada obriga diretores de casting a recorrerem às meninas mais jovens, muitas menores de idade, cujos corpos ainda não passaram pelas transformações da puberdade. Como consequência, as modelos veteranas, que têm corpos naturalmente mais curvilíneos, se veem forçadas a acompanhar o ritmo: é onde entram as dietas incorretas e a pressão psicológica que levam, em alguns casos, às disfunções alimentares.

A revalorização da imagem feminina saudável na moda é um fenômeno cíclico (Linda Evangelista, Kate Moss, Gisele Bündchen, Sasha Pivovarova, Lara Stone), mas essa é a primeira vez que a indústria se organiza em prol de uma mudança favorável.

GUIA DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL + IDADE MÍNIMA PARA DESFILAR NO SPFW

Junto ao Ministério Público de São Paulo, o SPFW estabeleceu normas para preservar a integridade das modelos presentes no evento e ter garantias de que elas estão aptas a exercer a profissão. Mesmo não sendo responsável pela contratação das modelos – o que é feito pelos estilistas diretamente com as agências –, a organização do evento percebeu a necessidade de interferir desde 2007.

Entre as medidas em vigor atualmente está a necessidade de atestado médico garantindo a plena saúde e condições de trabalho, além de não se permitir menores de 16 anos nas passarelas e exigir alvará para as menores de 18 anos e maiores de 16 atuarem. Toda esta documentação é fornecida pelas agências antes da semana de moda.

Além disso, o SPFW lançou uma campanha com cartilhas de conscientização impressas e online distribuídas a pais, modelos e agentes para promover a alimentação saudável.


2 Diga uma coisinha!:

Renata disse...

Quer dizer que estas de volta?

Agora me conta tudo, por onde andastes criatura? Em Paris eu já vi vc foi...e aonde mais?

Me conta!

Quanto as modelos lindas e não tão magras, aqui em casa tem uma, fala com a Dona Miuccia, que se ela quiser eu empresto...rsss...

Bom ter você aqui!

Cybele Belschansky disse...

Ah! Marcia!
Tomara mesmo que essa coisa das meninas zumbis estejam por acabar!
Vemos moças tão lindas sendo manipuladas por sabe-se lá o motivo real, mas que tornam-se monstrinhos flutuantes, não seres humanos. E quantas mortes!
Que elas possam se ver lindas como realmente o são.
Parabéns pela postagem.
Bjs